Sedentarismo, sobrepeso e obesidade têm origem em comum nas mudanças de hábitos ao longo das décadas e representam um alerta vermelho para a saúde. Estima-se que, no Brasil, mais da metade da população esteja acima do peso e 15% das crianças também sofram com esse problema.

Falta de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física regular estão entre as principais causas desses problemas, que prejudicam a saúde e provocam queda na qualidade de vida e bem estar.

Além disso, o conjunto desses fatores podem dar origem a doenças cardiovasculares e desequilíbrio de taxas de colesterol, glicose e triglicérides, associado ou não a predisposição genética.

Entenda, a seguir, o que é síndrome metabólica, os principais sintomas e como ela pode afetar a sua saúde.

O que é síndrome metabólica?

Caracterizada pela resistência à insulina, hormônio responsável pelo metabolismo essencial para o funcionamento do nosso organismo, a síndrome metabólica é associada ao aumento de peso. Nesse caso, o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares se torna um dos principais pontos de atenção para os cuidados.

A obesidade é um dos principais fatores para o desenvolvimento da síndrome metabólica, sendo associado ainda a predisposição genética e ao sedentarismo. Daí, surge a preocupação no controle da gordura corporal e na manutenção de hábitos mais saudáveis que ajudam na prevenção das causas.

Quem tem chances de desenvolver 

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) avalia que pessoas que apresentam três ou mais fatores de risco da síndrome metabólica tem mais chances de desenvolver os sintomas e implicações, sendo eles:

• Excesso de gordura abdominal – Em homens, cintura com mais de 102 cm, e nas mulheres maior que 88 cm.

• HDL baixo, conhecido como bom colesterol – Em homens, menor que 40mg/dl e, nas mulheres, menor do que 50mg/dl.

• Nível de gordura no sangue elevado (Triglicérides) – 150mg/dl ou superior.

• Hipertensão – 135/85 mmHg ou superior, se está utilizando algum medicamento para redução da pressão arterial.

• Glicose elevada – 110mg/dl ou superior.

Além desses, o avanço da idade, rotina sedentária e histórico familiar de diabetes contribuem para o aparecimento dos sintomas da síndrome metabólica. Portanto, esses sinais estão associados às doenças, entre eles, cansaço excessivo, disfunção sexual, tonturas, alterações menstruais, etc.

O diagnóstico da síndrome metabólica é feito através de exames físicos e laboratoriais que avaliam a dosagem de colesterol total e frações no sangue, da glicemia e também hormonais. Nesse motivo, a avaliação médica de tempos em tempos é essencial para ajudar a identificar e controlar os fatores de risco.

Tratamentos da síndrome metabólica

Em algumas situações, se o paciente já apresenta alguma dessas alterações ou doenças, o médico poderá indicar medicamentos.

Mas a forma mais indicada de prevenir e tratar os fatores de risco está relacionada a mudança de estilo de vida. O primeiro passo é a prática regular de atividade física e redução de gorduras e carboidratos na alimentação, dentre outros hábitos que contribuam para a melhora do condicionamento físico.

Reduzir a gordura corporal, principalmente o excesso abdominal (na cintura) é essencial para reduzir os riscos. Emagrecer com saúde, às vezes, se torna um desafio.