Tratamento do mieloma múltiplo pode ganhar novo medicamento
O mieloma múltiplo pode ganhar uma alternativa terapêutica. Estudo publicado na Blood Cancer Journal apresenta novo medicamento imunoterápico, o anti PD-L1, que pode colaborar no controle da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O mieloma múltiplo representa 10% dos casos de câncer hematológico e é caracterizado por alterações no plasmócito, célula produzida na medula óssea, responsável pela produção de imunoglobulinas (anticorpos), cuja principal função é a defesa do organismo. O câncer modifica a atuação do plasmócito, que passa a prejudicar o sistema imunológico. Sintomas como dores ósseas, anemia e insuficiência renal podem estar relacionados com a doença.
De acordo com a pesquisa, o anti PD-L1 impede que o câncer destrua o linfócito T, um dos elementos responsáveis pela defesa do organismo. Esse estudo pode auxiliar no tratamento já prescrito pelos especialistas. Atualmente, a imunoterapia para pacientes com mieloma múltiplo conta com medicamentos como a talidomida e a lenalidomida. Ter uma nova opção terapêutica pode colaborar no controle da doença.
Como o mieloma múltiplo ainda não possui tratamento com potencial curativo, as terapias atualmente disponíveis buscam aumentar o período assintomático para o paciente, melhorando sua qualidade de vida. Por isso, nem todas as pessoas diagnosticadas com a doença necessitam de procedimento terapêutico. O mieloma se comporta como uma doença crônica, como diabetes ou hipertensão. A indicação do tratamento deve ser feita por um especialista, após avaliação criteriosa do paciente.