Estudos mostram que o etanol, em quaisquer quantidades, pode causar o desenvolvimento de câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino (cólon e reto).

O etanol tem o efeito cancerígeno sobre as células e, quando chega ao intestino, pode funcionar como solvente, facilitando a entrada de outras substâncias carcinogênicas nas células para dentro da célula.

É importante destacar que há uma evidente relação dose-resposta entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer. Ou seja, quanto maior a dose ingerida e o tempo de exposição, maior será o risco de desenvolver os tipos de cânceres já citados.

Intestino
O consumo crônico é associado à diarreia, emagrecimento excessivo e aumento do risco para câncer colorretal. Ainda, pode também influenciar no sistema imune do trato gastrointestinal, o que aumenta a permeabilidade da mucosa às macromoléculas que atuam como antígenos.

Esôfago
A associação com a doença do refluxo gastroesofágico (DGRE) ocorre pelo aumento da produção de suco gástrico, contribuindo para que o refluxo seja mais agressivo – o refluxo biliar enterogastroesofágico, também conhecido como refluxo alcalino, também contribui para que o refluxo seja mais agressivo. O risco de câncer de esôfago também cresce.

Estômago
O álcool causa uma série de alterações gástricas morfológicas e funcionais, prejudicando, por exemplo, os mecanismos de defesa da mucosa gástrica. Além disso, é também fator de risco para hemorragia gastrointestinal e câncer gástrico.

Fígado
O órgão precisa produzir mais enzimas para metabolizar o álcool, o que pode acarretar em inflamação crônica e hepatite alcoólica – em casos mais graves, evolui para cirrose e carcinoma hepatocelular.

Pâncreas
Responsável pela fabricação de insulina e enzimas digestivas, o consulto excessivo de álcool leva à inflamação no pâncreas, que pode evoluir para pancreatite aguda ou crônica. Além disso, também compromete a metabolização da glicose – desta forma, cresce o risco para diabetes. A melhor forma de se prevenir do câncer de pâncreas é assumir um estilo de vida saudável. Evitar a exposição ao tabaco da forma ativa e passiva. Praticar atividade física regular e manter uma alimentação saudável, evitando ingestão de álcool, contribuem para manter nível de gordura corporal adequado e evitar o sobrepeso e a obesidade. Sobrepeso e obesidade são fatores de risco para desenvolver diabetes, que também aumenta o risco para câncer de pâncreas.

Fonte: SOBED