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Seu intestino não está funcionando regularmente? Você sente dores abdominais ou ao evacuar? Notou a presença de sangue nas fezes? Esses são os sintomas mais comuns do câncer do intestino grosso, também conhecido como câncer colorretal.

O tumor colorretal é um dos tipos com maior incidência em todo o mundo e envelhecer está entre os principais fatores de risco, assim como a exposição contínua e sucessiva, no decorrer de anos, aos agentes agressivos, como o tabaco, álcool, dieta, histórico familiar e doenças inflamatórias do intestino. O grupo de maior risco ainda é a população acima de 50 anos de idade e metade dos casos ainda são descobertos em fases mais avançadas da doença.

Em fase inicial, a doença costuma não apresentar sintomas, tornando fundamental o rastreamento por meio de exames regulares, como o exame de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. Infelizmente é muito comum negligenciar sintomas como sangramentos e alterações do hábito intestinal e não há políticas eficazes que levem informação ao público sobre a importância de buscar um especialista.

A fim de identificar traços de sangue não vistos a olho nu, o exame de sangue oculto nas fezes é um examenão invasivo e de triagem, que ajuda a determinar a necessidade da colonoscopia, principal exame para o diagnóstico do tumor, recomendado a todas as pessoas com mais de 50 anos de idade, mesmo que não apresentem sintomas, e a pacientes mais jovens com histórico familiar de câncer. Pessoas com sintomas como presença de sangue nas fezes, dores abdominais, alteração do ritmo intestinal ou qualquer outra queixa abdominal devem realizar colonoscopia, independentemente da idade.

A maioria dos tumores de intestino grosso se origina a partir de pequenas lesões pré-cancerígenas, chamadas pólipos adenomatosos. Além de detectar esses pólipos, a colonoscopia também é capaz de removê-los, evitando que se transformem em uma neoplasia maligna e reduzindo em 53% as mortes por câncer colorretal.

Uma vez diagnosticado o tumor, o tratamento é multidisciplinar e pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A cirurgia é a principal forma de tratamento e, atualmente, muitas são realizadas por videolaparoscopia, técnica que permite incisões menores e recuperação mais rápida. Cirurgias do reto já podem, inclusive, ser realizadas com uso do robô Da Vinci. A quimioterapia é indicada para os estágios intermediários e avançados da doença. E a radioterapia é realizada em tumores de reto, antes da cirurgia. A combinação dessas modalidades terapêuticas permite ampliar as chances de sucesso no tratamento, mas a conduta terapêutica a ser adotada depende da avaliação médica de cada paciente.

Manter hábitos de vida saudáveis é a primeira forma de prevenção desse tipo de tumor. Dieta baseada em consumo excessivo de carne vermelha, rica em gorduras e pobre em fontes de fibras (frutas e verduras), falta de exercícios físicos regulares, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas são hábitos prejudiciais à saúde e devem ser evitados.

Nas férias, você pode sair da rotina, mas seu intestino não. Avalie sua alimentação e consulte um especialista em caso de dúvidas.