Cirrose hepática tem cura?
A cirrose hepática é o resultado de um processo crônico de destruição das células hepáticas, que ocorre de maneira difusa, com formação de cicatrizes e nódulos levando à necrose do órgão.
É considerada uma doença terminal do fígado. Apesar de não ser um câncer, esta condição pode predispor ao aparecimento de tumores hepáticos, como o hepatocarcinoma, e de tumores das vias biliares, como o colangiocarcinoma.
Todo portador de cirrose deve fazer exames periódicos para detectar precocemente as complicações dessa doença.
Quais são as causas da cirrose hepática?
A cirrose hepática costuma ser considerada uma doença de alcoólatras, no entanto todas as condições que levam a uma inflamação crônica do fígado (alcoólicas ou não) podem resultar nessa patologia. Infelizmente em cerca de 30% dos cirróticos, a causa da doença não é estabelecida.
A possibilidade de o álcool causar cirrose depende do tempo de uso, da quantidade ingerida e da predisposição genética.
Outros fatores que podem levar à cirrose são:
- Hepatites B e C.
- Doenças metabólicas.
- Distúrbios biliares ou vasculares.
- Insuficiência congênita dos ductos intrahepáticos.
- Intoxicações por drogas ou produtos químicos.
- Esteatohepatite não alcoólica.
- Hepatites autoimunes, etc.
Há ainda uma cirrose dita criptogênica, de causa desconhecida.
Todas as diferentes causas conduzem ao mesmo processo final.
Quais são os sinais e sintomas da cirrose hepática?
Na fase inicial, a ausência de sinais ou sintomas dificultam o diagnóstico precoce. Com a evolução da doença, há uma falência hepática progressiva que pode levar a consequências em outros órgãos.
Quando os sinais e sintomas aparecem, o prognóstico já costuma ser severo e as implicações gerais para a saúde do paciente são comprometedoras.
Em fases mais avançadas da doença, o fígado apresenta-se endurecido e aumentado ao exame físico e outros sinais e sintomas vão aparecendo, tais como: desnutrição, hematomas, aranhas vasculares na pele, sangramentos gengivais, icterícia, ascite, hemorragias digestivas, encefalopatia e, por fim, coma.
Como o médico diagnostica a cirrose hepática?
Dados indiretos, resultados de exames laboratoriais que avaliam a função hepática e exames de imagem como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a colangiografia endoscópica ajudam a definir o diagnóstico.
O diagnóstico de certeza é dado pela biópsia hepática, que pode ser feita utilizando-se técnicas diferentes, conforme o caso.
Como é o tratamento da cirrose hepática?
Não há uma cura específica para a cirrose hepática. As lesões já estabelecidas são irreversíveis, mas pode-se tentar deter ou tornar mais lenta a progressão da doença.
Quando é possível afastar o agente causal (álcool, vírus, etc.), pode ocorrer algum grau de melhoria.
O tratamento definitivo da cirrose hepática é o transplante de fígado.
Como o transplante só está indicado em casos muito graves, durante todo o tempo o paciente deve ser acompanhado pelo médico para detectar precocemente as complicações possíveis como desnutrição, ascite, varizes esofagianas, tumores, etc. e para que sejam tomadas as medidas cabíveis em cada caso.
Como evolui a cirrose hepática?
É possível que mais de dois terços do fígado normal sejam destruídos e ainda assim a porção restante assuma todas as funções, o que permite que a doença evolua durante anos.
No entanto, ela pode também atingir graus incompatíveis com a vida e resultar na morte, sobretudo se o agente causal não puder ser afastado.