No próximo dia 23 de novembro comemora-se, em todo país, o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A data tem por objetivo estimular ações preventivas e educativas associadas à doença, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral às crianças com câncer, além de difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença e estimular o apoio para crianças e seus familiares.

“A experiência do câncer é difícil para qualquer pessoa, seja acompanhando o sofrimento de um parente próximo ou vivenciando o processo de cura e tratamento. A situação se torna ainda mais delicada quando o paciente é uma criança.. Muitos pais se sentem responsáveis pela doença, pensando que poderiam ter feito algo para evitar o quadro”, explica o médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Amândio Soares.

Fato é que câncer em crianças e adolescentes, felizmente, é mais raro. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, em 2012 (ano da última pesquisa), ocorreram 11.530 novos casos da doença.

Os tipos mais comuns, de acordo com Dr. Amândio Soares, da Oncomed BH, incluem as leucemias (33%), tumores do sistema nervoso central (20%), linfomas (12%), neuroblastomas (8%), tumor de wilms (6%), tumores de partes moles (6%), tumores ósseos (5%), retinoblastoma (3%), tumores germinativos (9%).

As causas do surgimento de tumores nas crianças estão mais ligadas a fatores genéticos específicos. Além disso, algumas condições genéticas aumentam a incidência de certos tipos de câncer, como a relação entre crianças diagnosticadas com Síndrome de Down e a leucemia. “Na maioria dos casos, não se conhece a causa. Alguns são devidos a predisposição genética. Não existe associação com tabagismo, etilismo, hábitos de vida como ocorrem em adultos”, explica o médico.

Não existe um método preventivo específico para o câncer em crinças e jovens, mas é de extrema importância que os pais levem seus filhos a consultas periódicas com o pediatra e relatar qualquer alteração no comportamento ou corpo da criança. “Perda de peso, palidez, anemia, febre baixa constante, dor óssea ou nas juntas sem histórico de trauma no local e massas abdominais são alguns indicadores de tumores em crianças”, pontua Dr. Amândio.

O tratamento depende do tipo específico do câncer. Assim como nos adultos, existem várias modalidades de tratamento como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia que podem ser usadas em conjunto ou não. “A resposta ao tratamento é boa na maioria dos casos, sendo observadas taxas de sobrevida em cinco anos em torno de 80%”, finaliza o médico.

Fonte: AACCMT